Chefe da AIEA adverte: Israel está ameaçado com um ataque catastrófico às instalações nucleares do Irão!
Rafael Grossi, chefe da AIEA, alerta para um ataque israelita ao Irão que poderá pôr em risco a competitividade nuclear.

Chefe da AIEA adverte: Israel está ameaçado com um ataque catastrófico às instalações nucleares do Irão!
Em meio às crescentes tensões no Oriente Médio Rafael Grossi, o chefe da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), apelou urgentemente a Israel para se abster de atacar as instalações nucleares iranianas. Grossi adverte que tal medida poderia não só desestabilizar a situação militar, mas também fortalecer a determinação de Teerão em desenvolver armas nucleares.
As instalações nucleares do Irão estão bem protegidas, disse Grossi, e um ataque potencial poderia exigir uma “força muito, muito destrutiva” que poderia, em última análise, ser dirigida contra Israel. Também deixa claro que o Irão está a agir cada vez mais de uma forma pouco transparente. Existe actualmente uma lacuna no conhecimento sobre o progresso do seu programa nuclear, especialmente porque Teerão restringiu significativamente a sua cooperação com a AIEA.
Aumento das tensões e ameaças
A situação agravou-se ainda mais depois de o Irão ter ameaçado Israel com retaliações massivas caso este realmente ousasse atacar as instalações nucleares iranianas. De acordo com a liderança do Irão, as suas forças têm como alvo "instalações nucleares secretas" em Israel, alegadamente recolhendo informações através de uma operação de recolha de informações. No entanto, se esta informação é realmente fiável permanece questionável devido à falta de mecanismos de verificação independentes.
A comunidade internacional, liderada pela Alemanha, França, Grã-Bretanha e EUA, está sob crescente pressão para endurecer a sua posição contra o Irão. Isto surge no contexto da actual reunião da AIEA centrada no sigilo das actividades nucleares anteriores do Irão. Entretanto, os EUA e o Irão estão a negociar um novo acordo para limitar o controverso programa nuclear.
Um novo acordo e possíveis opções militares
O enviado especial de Presidente dos EUA, Donald Trump apresentou uma proposta escrita ao Irão para um acordo sobre o seu programa nuclear. Esta proposta, descrita como “detalhada e aceitável”, dá um novo impulso às negociações. No entanto, o resultado destas conversações permanece pouco claro, uma vez que o Irão exige uma garantia escrita do seu direito de enriquecer urânio.
Outra questão explosiva é o aumento da produção iraniana de urânio, que é agora quase adequada para armas. O relatório da AIEA observa que o Irão tem actualmente cerca de 409 quilogramas de urânio com uma pureza de 60 por cento – uma quantidade que, se enriquecida até 90 por cento, seria suficiente para fabricar uma bomba nuclear. A comunidade internacional é, portanto, forçada a confrontar o programa iraniano enquanto, ao mesmo tempo, Israel se prepara para possíveis opções militares.
Embora as conversações diplomáticas entre Washington e Teerão ainda estejam em curso, a situação permanece tensa e imprevisível. Ambos os lados parecem ter atingido um ponto de viragem em que a diplomacia e a agressão militar poderão andar de mãos dadas. Resta saber como a situação evoluirá e que medidas a comunidade internacional tomará para evitar um novo surto de violência.