Vince Ebert sobre histeria climática e nova tolerância em Viena
No Vienna Grand Hotel, o comediante Vince Ebert discute género, migração e cultura do cancelamento. Não perca os insights!

Vince Ebert sobre histeria climática e nova tolerância em Viena
Houve recentemente uma animada troca de ideias sobre o tema dos actuais desafios sociais no Vienna Grand Hotel. Gerald Fleischmann teve uma conversa estimulante com o comediante e autor de best-sellers Vince Ebert como parte do último episódio de “Message, Power, Media”. Ebert, que vive em Viena há anos, descreveu a Áustria como “um pouco mais normal” do que a Alemanha e destacou temas explosivos que actualmente aquecem o debate público.
Entre outras coisas, a agenda incluía percepções sociais de género, migração e a chamada histeria climática. Ebert criticou a natureza ideologicamente carregada de muitas discussões e mencionou a lei alemã de autodeterminação, que na sua opinião “reforça inverdades biológicas”. Queixou-se de uma divisão crescente na sociedade, em que as pessoas são rapidamente classificadas como “a minha equipa” ou a “equipa adversária”. Segundo Ebert, esse desenvolvimento está sendo reforçado pelas redes sociais.
Cultura do cancelamento em foco
Ebert explicou que a exclusão e o silenciamento de opiniões diferentes é um sintoma dos nossos tempos difíceis. Os críticos, independentemente da sua orientação política, são imediatamente confrontados com tempestades de merda. Esta dinâmica está intimamente relacionada com o fenómeno da cultura do cancelamento, que está enraizado nas redes sociais e é geralmente definido como uma tentativa de ostracizar ou boicotar pessoas por violarem as normas sociais, de acordo com uma extensa análise. pmc.ncbi.nlm.nih.gov esclarece.
Esta investigação liga diretamente a cultura do cancelamento à difusão de notícias falsas, que ameaçam a capacidade da sociedade de se envolver construtivamente com opiniões diversas. A transição de uma “sociedade em rede” para uma “sociedade de plataforma” trouxe consigo novos desafios que muitas pessoas estão a sentir. A cultura do cancelamento não é nova, com raízes que remontam à comunidade negra do Twitter de 2015 e vista como significativa por meio de movimentos como #MeToo e Black Lives Matter.
Um apelo à liberdade de expressão
O debate sobre a liberdade de expressão e a cultura do cancelamento é repetidamente reacendido por eventos como a aparição de Dieter Hallervorden. O comediante causou reações mistas com um esquete satírico em um programa da ARD. Os críticos consideraram que suas declarações ultrapassaram os limites, enquanto Hallervorden invocou seu direito à liberdade de expressão. O filósofo John Stuart Mill postulou que toda opinião, mesmo a errada, tem valor e incentiva a autorreflexão, desde que não prejudique os outros. Neste contexto, o desafio de encontrar um equilíbrio entre a liberdade individual e a responsabilidade social é mais importante do que nunca.
A complexidade da liberdade de expressão e da responsabilidade social também fica clara no contexto do cenário político atual. Ebert observou que na Áustria, as vozes conservadoras e liberais tendem a ser menos desabrigadas politicamente do que na Alemanha, onde muitos se sentem alienados do sistema político. Acontece que o debate, tal como o debate sobre a paisagem urbana, segundo os defensores do Merz, é muito relevante para os residentes de Favoriten.
Em resumo, pode-se dizer: A educação e o pensamento crítico são essenciais para enfrentar os desafios colocados pela cultura do cancelamento e pela enxurrada de notícias falsas. Os princípios da liberdade de expressão devem ser defendidos, ao mesmo tempo que as narrativas prejudiciais devem ser examinadas criticamente. Esta é a única forma de promover um discurso respeitoso e construtivo que preserve a dignidade de todos os membros da sociedade.