Crise escolar: Diretora alerta sobre perigos para nossos filhos!
Christian Klar, diretor da Escola Europeia Franz Jonas em Floridsdorf, publica um novo livro sobre os desafios nas escolas.

Crise escolar: Diretora alerta sobre perigos para nossos filhos!
Num ano escolar misto, muitas instituições de ensino enfrentam grandes desafios. Christian Klar, diretor da Escola Europeia Franz Jonas em Viena Floridsdorf, publicou um novo livro sobre estes temas. Intitulado “Como podemos salvar o futuro dos nossos filhos?” ele aborda problemas atuais que estão afetando as escolas. Ele já havia escrito em sua obra “O que está acontecendo em nossas escolas?” relataram violência e radicalização na sala de aula. O novo volume aborda particularmente o défice alemão e a crescente “guerra cultural” na sala de aula, que é incentivada pelo elevado número de estudantes recém-imigrados que muitas vezes mal conseguem falar alemão quando iniciam a escola.
Em seu livro, Klar descreve vários incidentes da vida escolar cotidiana de seus alunos, incluindo violência e comportamento desrespeitoso dos pais para com os professores. Estes problemas parecem estar relacionados com o aumento do número de migrações. Estudos educacionais mostram que um elevado número de famílias recém-imigradas – uma tendência que tem continuado desde os conflitos em regiões de crise, como a guerra jugoslava na década de 1990 – nas escolas representa um fardo adicional para o sistema existente. Neste contexto, levanta-se frequentemente a questão de como estas crianças e jovens podem ser integrados com sucesso no sistema educativo se alguns deles só forem acomodados numa escola meses após a sua chegada.
Integração e desafios educacionais
Klar também presta especial atenção às circunstâncias em que muitos estudantes iniciam a sua carreira escolar. As crianças migrantes são frequentemente matriculadas em escolas secundárias e muitas vezes deixam-nas sem qualificação – uma situação que é perpetuada pela integração inadequada. De acordo com a Agência Federal de Educação Cívica, cerca de 1,6 milhões de estudantes na Alemanha têm cidadania estrangeira no ano letivo 2022/2023, o que corresponde a um aumento de 18 por cento em relação ao ano anterior.
Klar também critica a chamada linguagem juvenil que se estabeleceu nas escolas e chega à notável conclusão de que não só as crianças migrantes, mas também os estudantes austríacos muitas vezes usam apenas frases curtas. Esse desenvolvimento torna o aprendizado ainda mais difícil. No entanto, também existem exemplos positivos de integração bem sucedida na sua escola, o que dá esperança de soluções.
Demandas e soluções
O que vem a seguir? Klar pede uma ação decisiva por parte dos professores e da gestão escolar. Ele sugere a criação de turmas especiais para “quebradores do sistema” – alunos que têm dificuldade de integração – e espera uma introdução mais precoce da escolaridade obrigatória através de uma “classe primária” antes da escola primária. Desta forma, os défices de linguagem poderiam ser eliminados numa fase inicial. Outra medida que ele aborda é a necessidade de escolas religiosamente neutras, nas quais não sejam criadas salas de oração e o currículo não seja adaptado às necessidades islâmicas.
O diretor exala otimismo de que, apesar dos muitos relatórios alarmantes, mudanças positivas são possíveis se começarmos cedo e reconhecermos a complexidade dos desafios. Não só esclarece o problema, mas também oferece diversas soluções para temas como a educação sexual e a identidade de género, a fim de promover uma educação holística.
O livro é parcialmente considerado politicamente polémico, mas as sugestões que contém para melhorar a situação educativa são urgentemente necessárias. Klar mostra que as escolas não são apenas instituições de aprendizagem, mas também locais de integração. Os atuais desenvolvimentos na sociedade, incluindo uma mudança crescente para atitudes corretas e menos tolerantes, também afetam o mundo escolar e colocam desafios específicos aos professores e alunos.